quarta-feira, 23 de outubro de 2013




Like The Morning Breeze

Like the morning breeze, if you bring to the morning good deeds,
The rose of our desire will open and bloom.

Go forward, and make advances down this road of love;
In forward motion, the pain is great.

To beg at the door of the Winehouse is a wonderful alchemy.
If you practice this, soon you will be converting dust into gold.

O heart, if only once you experience the light of purity,
Like a laughing candle, you can abandon the life you live in your head.

But if you are still yearning for cheap wine and a beautiful face,
Don't go out looking for an enlightened job.


Hafiz, if you are listening to this good advice,
The road of Love and its enrichment are right around the curve.

Hafiz




From: Drunk on the Wind of the Beloved

Translated by Thomas Rain Crowe

Laughing At the Word Two


Only 
That Illumined 
One 

Who keeps 
Seducing the formless into form
Had the charm to win my 
Heart. 

Only a Perfect One 
Who is always 
Laughing at the word 
Two 

Can make you know 
Of 
Love. 


Hafiz

From: 'The Gift'
Translated by Daniel Ladinsky 



All the Hemispheres

Leave the familiar for a while.
Let your senses and bodies stretch out

Like a welcomed season
Onto the meadows and shores and hills.

Open up to the Roof.
Make a new water-mark on your excitement
And love.

Like a blooming night flower,
Bestow your vital fragrance of happiness
And giving
Upon our intimate assembly.

Change rooms in your mind for a day.

All the hemispheres in existence
Lie beside an equator
In your heart.

Greet Yourself
In your thousand other forms
As you mount the hidden tide and travel
Back home.

All the hemispheres in heaven
Are sitting around a fire
Chatting

While stitching themselves together
Into the Great Circle inside of
You.

Hafiz



From: 'The Subject Tonight is Love' 
Translated by Daniel Ladinsky

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

The moon shines...

The moon shines in my body, but my blind eyes cannot see it:
The moon is within me, and so is the sun.
The unstruck drum of Eternity is sounded within me; but my deaf ears cannot hear it.

So long as man clamours for the I and the Mine, his works are as naught:
When all love of the I and the Mine is dead, then the work of the Lord is done.
For work has no other aim than the getting of knowledge:
When that comes, then work is put away.

The flower blooms for the fruit: when the fruit comes, the flower withers.
The musk is in the deer, but it seeks it not within itself: it wanders in quest of grass. 


Kabir 
Translated By Rabindranath Tagore. 



quinta-feira, 13 de outubro de 2011

"A inconstância reina soberana.
São raras hoje, as provas de amizade fiel.
Os homens sérios vêem-se reduzidos a estender aos indignos a mão leal.
Na imensa dor do mundo,
o homem de bem não conhece um instante de repouso ao seu sofrimento.
Que o poeta faça um canto claro como o vinho,
um canto que derrame no coração uma onda de alegria.
O avarento e o guloso não lhe atirarão sequer uma espiga sem grãos,
a ele que pode cantar as melodias dos anjos.
A Sabedoria, ontem, disse-me baixinho:
- "Vai! Embora fraco, tem paciência.
"Sim, seja a paciência a tua única arma. Doente, ou triste - têm paciência!"
Ó Hafiz, guarda na alma este conselho, e,
se de fatigado cambaleias,
endireita-te,
ergue a fronte,
e caminha!"


Hafiz

Oh homem! Há alguma coisa que, fruindo a amizade de Deus, não podeis compreender?
Tua alma não tende a Ele como as montanhas erguem-se para o sol e as águas do mar alçam-se na direção da lua?
Em verdade, tu caminhas adiante sob a luz da Sua energia, sob o inextinguível brilho de Sua infinita majestade, à semelhança de uma estrela que, acesa pelos raios de um sol ainda maior, caminha nas avenidas da noite iluminadas de um milhão de lâmpadas.
Como um navio movido pelas espertas ondas da manhã, tu és impelido pelo sopro do Seu espírito.
Em verdade, pertences a Deus como a criança pertence a seu pai.
O que tens pois a temer, ó filho de tal Pai?

Sirdar Ikbal Ali Shah


Abre teus olhos de amor, e contempla
Aquele que permeia todo este mundo!
Observa-o bem, e reconhece teu próprio país.
Quando encontrares o verdadeiro Guru,
Ele despertará teu coração;
Ele te revelará o segredo do amor
e do desprendimento, e então,
sem dúvida nenhuma saberás
que Ele transcende este universo.
Esse mundo é a Cidade da Verdade, o labirinto
de seus caminhos fascina o coração:
Podemos alcançar nosso destino sem jamais
percorrer a estrada, tal é o jogo sem fim.
Onde o círculo de múltiplas alegrias
gira à sua volta continuamente,
aí a Felicidade Eterna engendra lances.
Quando conhecermos isto, estará terminado
todo nosso esperar e recusar.
Então deixará de nos queimar o fogo da cupidez.
Ele é o repouso Último e Infinito:
Ele espalhou as formas de seu amor
pelo mundo inteiro.
Dessa Luz que é Verdade, torrentes
de novas formas emergem perpetuamente;
e Ele permeia essas formas.
Todos os bosques e jardins e alvoredos sobejam
flores, e o ar estala em cascatas de alegria.
Que maravilhosa trama o cisne avança aí!
Os sons da música não tocada turbilhonam
à volta da Infinita Verdade.
Brilha no centro o trono do ilimitado,
onde repousa o grandioso Ser.
Milhares de sóis empalidecem, envergonhados
ante o fulgor de um só pelo de Seu corpo.
Que doces melodias deixa escapar
a harpa do caminho!,
suas notas transpassam o coração:
Aí a fonte eterna combina sem cessar
os eflúvios vitais do nascimento e da morte.
Como podem chamar Nada àquele que é a Verdade
das verdades?, Àquele no qual
encontra-se todas as verdades!

Em seu interior, evolui a criação,
e isso está além de qualquer filosofia,
pois filosofia nenhuma pode alcançá-Lo:
Existe um mundo infinito, ó irmão!
e encontra-se aí o Ser Sem Nome,
do qual nada se pode dizer.
Esse mundo é conhecido apenas daquele
que de fato o alcançou:
é diverso de tudo o que já se disse e ouviu.
Lá não se conhece nem forma, nem corpo,
nem extensão: como posso explicar-te o que é?
Trilha o Caminho do Infinito aquele sobre o qual
recaem as graças do Senhor: liberta-se
da vida e da morte aquele que O alcança.
Kabir diz: "Não se traduz em palavras saídas
dos lábios, não se pode escrever em papel:
É como se um mudo provasse uma iguaria:
como poderia explicá-la?

Kabir

sábado, 7 de maio de 2011

Longing is the core of mystery.
Longing itself brings the cure.
The only rule is, Suffer the pain.

Your desire must be disciplined,
and what you want to happen
in time, sacrificed.

Rumi - The Essential Rumi

Before the Birth of One of Her Children

All things within this fading world hath end,
Adversity doth still our joys attend;
No ties so strong, no friends so dear and sweet,
But with death’s parting blow are sure to meet.
The sentence past is most irrevocable,
A common thing, yet oh, inevitable.
How soon, my Dear, death may my steps attend,
How soon’t may be thy lot to lose thy friend,
We both are ignorant, yet love bids me
These farewell lines to recommend to thee,
That when the knot’s untied that made us one,
I may seem thine, who in effect am none.
And if I see not half my days that’s due,
What nature would, God grant to yours and you;
The many faults that well you know I have
Let be interred in my oblivious grave;
If any worth or virtue were in me,
Let that live freshly in thy memory
And when thou feel’st no grief, as I no harmes,
Yet love thy dead, who long lay in thine arms,
And when thy loss shall be repaid with gains
Look to my little babes, my dear remains.
And if thou love thyself, or loved’st me,
These O protect from stepdame’s injury.
And if chance to thine eyes shall bring this verse,
With some sad sighs honor my absent hearse;
And kiss this paper for thy dear love’s sake,
Who with salt tears this last farewell did take.


Anne Bradstreet (1678)

The Little Boy Found

The little boy lost in the lonely fen,
Led by the wand’ring light,
Began to cry, but God ever nigh,
Appeard like his father in white.

He kissed the child & by the hand led
And to his mother brought,
Who in sorrow pale, thro’ the lonely dale
Her little boy weeping sought.

William Blake (from Songs of Innocence, 1791)

The Land of Dreams

Awake, awake, my little boy!
Thou wast thy mother's only joy;
Why dost thou weep in thy gentle sleep?
Awake! thy father does thee keep.

"O, what land is the Land of Dreams?
What are its mountains, and what are its streams?
O father! I saw my mother there,
Among the lilies by waters fair.

"Among the lambs, cloth'd in white,
She walk'd with her Thomas in sweet delight.
I wept for joy, like a dove I mourn;
O! when shall I again return?"

Dear child, I also by pleasant streams
Have wander'd all night in the Land of Dreams;
But tho' calm and warm the waters wide,
I could not get to the other side.

"Father, O father! what do we here
In this land of unbelief and fear?
The Land of Dreams is better far
Above the light of the morning star."


William Blake

Pequeno Conto

Exultavas, enquanto te aprontavas para a longa jornada, que te reconduziria à nova experiência reencarnatória! Tecias planos de ventura, conjugavas recursos e definias metas...

Assessorei-te na arrumação da sagrada bagagem, que se constituía de sublimes esperanças e severos esforços!

Suplicastes ao Pai Misericordioso, na concessão dos dons psíquicos, o ensejo de resgatar erros clamorosos, dos quais já desejavas te liberar e, por intermédio da experiência nova, reedificarias os teus sonhos, enquanto quitarias compromissos gravíssimos ante as Leis Eternas.

A potencialidade medianímica tornar-se-ia instrumental positivo e bem precioso, em benefício do trabalho ao qual te propunhas, salvaguardando-te o êxito e a probabilidade de redenção... As refregas depuradoras facultar-te-iam reencontrar no futuro os amados de tua alma, dos quais, desde há muito, havias-te distanciado.

Acompanhei-te os preliminares ensaios de retorno...

Alberguei em meus devotados abraços a criancinha frágil, na qual, gradualmente, tornavas-te lançando teu coração ávido à existência física...

Conduzi-te ao ninho doméstico que te abrigou, amorosamente, oferecendo-te todos os recursos para a realização de teus anelos...

Verti lágrimas de júbilo, em noites inumeráveis, orando ao pé de teu pequenino leito, augurando para o teu futuro o sucesso necessário...

Persegui os teus passos de criança!
Acompanhei o teu desenvolvimento na juventude!

Chegamos junto à mocidade, quando se desabrocharam as aptidões que trazias latente, o precioso penhor do Altíssimo que te garantiria, na tarefa mediúnica com Jesus, a realização de tuas mais sagradas expectativas...

Temi, desassossegada, porquanto tardavas na busca pelos sagrados rumos do aprendizado. Nada obstante, aguardei-te!

Padeci, mais tarde, ao perceber-te desviando da rota adrede estabelecida, por ti mesmo, entregando o recurso divino aos ébrios e viciosos; aos apaixonados e criminosos, que te seguiam vis e ignotos.

Locupletavas-te com eles e, mais e mais, abandonavas-me...

Clamei por teu despertamento, inumeráveis vezes, entretanto não me emprestastes os ouvidos...

Volvi ao Criador reiteradas súplicas a teu favor e em resposta obtive a certeza de que tu chorarias, amargamente,o arrependimento quando desperto dos erros e enganos, ante a falência nos ideais superiores.

Parti e deixei-te entregue à própria sorte, já que me repeliste de tua presença, relegaste o meu amor e substituíste os meus cuidados, por estranhas companhias.

Passaram céleres as décadas...
Até que um dia regressastes da viagem reencarnatória!

Hoje, não mais me podes ver, pois dormes o sono da loucura em pântanos sombrios, onde permanecerás até que, enfim, despertes.

A vida, eterno convite a amar e progredir, convida-me, outra vez, a peregrinar na odisséia terrena e preparo-me para partir!

Noticiam-me os benévolos diretores na Vida Maior, que no projeto de minhas lutas ascensionais na esfera planetária, em futuro não distante, receberei em meus braços um filhinho... O tutelado de meu coração, desde o berço portará síndromes diversas, incapacidades várias para a vida comum e por toda a existência física, assim permanecerá...

Serás tu, meu filho, de volta ao meu amplexo! Abrigar-te-ei, ainda uma vez, em meus cuidados!

Retirado do tremedal sombrio tu me sucederás na incursão terrena... As condições infligidas pelas Leis Divinas, entretanto, serão bem diversas, visto que em lugar de ser médium com Jesus, incauto e infeliz, deliberaste renascer enfermo!


Maria de Jesus
Helaine C. Sabbadini

Amor de mãe

Passados os anos, mãezinha, recordo-te na simplicidade do lar e inda vejo o teu rosto de santa...

Inda sinto as tuas mãos em carícias ternas, aconchegando-me a alma de encantos e doces lembranças!

Caminhei e sinto presentemente, que de todas as messes auferidas na terra, a bênção dos teus cuidados, mamãe, foi o mais precioso abrigo, o estímulo maior e o mais seguro itinerário...

Todas as dores que colhi...
Todas as lágrimas que verti...
Todos os equívocos que sofri...

Foram, certamente, o retorno amargo das decepções ardentes, contudo, sempre obtive de teu coração desvelado, a consolação e o lenitivo, curando-me as chagas da alma equivocada.

Agora, ao regressar das vãs excursões pelas ilusões do mundo, alquebrado e desiludido, não mais tu estás, todavia, mãe querida, inda sinto os teus braços carinhosos a se estenderem para mim, como se nunca cessassem de me aguardar...

Ainda o teu calor me abriga e as tuas orações são luzes abençoadas a promanarem bênçãos do céu, onde tu estás, sobre a minha vida!

O tempo esgota-se no carrossel da vida e hoje reconheço, que a Infinita Misericórdia de Deus concedeu-me o teu amor por magnífica dádiva e onde tu estiveres, agora e sempre, guie os meus passos de menino, na infinda peregrinação pela Eternidade!

Espírito Amigo
Helaine C. Sabbadini



Sublime amor

Se em todas as partes da Terra, além dos oceanos e em recantos longínquos, buscarmos uma significação maior para o cândido amor e a bondade, para a ternura em sua expressão superior...

Se auscultarmos os corações – nos lares opulentos, na intimidade dos grandes burgos, ostentando magnificência e beleza, ao mesmo tempo, nas mansardas miseráveis e rústicas onde singulares padecimentos subjugam vidas, retificando caracteres...

Se inquirirmos aos que jazem sobre os grabatos dos sofrimentos acerbos e nos cárceres sombrios; nos leitos de enfermidades pungentes, nos descaminhos e desvarios do mundo...

Se questionarmos àqueles que se perderam nas sendas das quimeras passageiras o tangidos por compunções profundas...

Encontraremos em todos os lugares, e com cada alma, que vive e pulsa, nas superlativas dessemelhanças existenciais nos pisos terrenos, a sublime demonstração da afeição que Jesus soube verter às vidas peregrinas no planeta – o amor de mãe!


Irthes Therezinha
Helaine C. Sabbadini








sexta-feira, 6 de maio de 2011

À Espera do Amado

Disse-me baixinho:
— Meu amor, olha-me nos olhos.
Ralhei-lhe, duramente, e disse-lhe:
— Vai-te embora.
Mas ele não foi.
Chegou ao pé de mim e agarrou-me as mãos...
Eu disse-lhe:
— Deixa-me.
Mas ele não deixou.

Encostou a cara ao meu ouvido.
Afastei-me um pouco,
fiquei a olhá-lo e disse-lhe:
— Não tens vergonha? Nem se moveu.
Os seus lábios roçaram a minha face.
Estremeci e disse-lhe:
— Como te atreves?
Mas ele não se envergonhou.

Prendeu-me uma flor no cabelo.
Eu disse-lhe:
— É inútil.
Mas ele não fez caso.
Tirou-me a grinalda do pescoço
e abalou.
Continuo a chorar,
e pergunto ao meu coração:
Porque é que ele não volta?


Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"

As Coisas Transitórias

Irmão,
nada é eterno, nada sobrevive.
Recorda isto, e alegra-te.

A nossa vida
não é só a carga dos anos.
A nossa vereda
não é só o caminho interminável.
Nenhum poeta tem o dever
de cantar a antiga canção.
A flor murcha e morre;
mas aquele que a leva
não deve chorá-la sempre...
Irmão, recorda isto, e alegra-te.

Chegará um silêncio absoluto,
e, então, a música será perfeita.
A vida inclinar-se-á ao poente
para afogar-se em sombras doiradas.
O amor há-de ser chamado do seu jogo
para beber o sofrimento
e subir ao céu das lágrimas ...
Irmão, recorda isto, e alegra-te.

Apanhemos, no ar, as nossas flores,
não no-las arrebate o vento que passa.
Arde-nos o sangue e brilham nossos olhos
roubando beijos que murchariam
se os esquecêssemos.

É ânsia a nossa vida
e força o nosso desejo,
porque o tempo toca a finados.
Irmão, recorda isto, e alegra-te.

Não podemos, num momento, abraçar as coisas,
parti-las e atirá-las ao chão.
Passam rápidas as horas,
com os sonhos debaixo do manto.
A vida, infindável para o trabalho
e para o fastio,
dá-nos apenas um dia para o amor.
Irmão, recorda isto, e alegra-te.

Sabe-nos bem a beleza
porque a sua dança volúvel
é o ritmo das nossas vidas.
Gostamos da sabedoria
porque não temos sempre de a acabar.
No eterno tudo está feito e concluído,
mas as flores da ilusão terrena
são eternamente frescas,
por causa da morte.
Irmão, recorda isto, e alegra-te.



Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Rumi

"My heart tells me it is distressed with Him,
but I can only laugh at such pretended injuries.

Be fair, You who are the Glory of the just.
You, Soul, free of "we" and "I,"
subtle spirit within each man and woman.

When a man and a woman become one,
that "one" is You.
And when that one is obliterated, there You are.

Where is this "we" and this "I"?
By the side of the Beloved.
You made this "we" and this "I"
in order that you might play
this game of courtship with Yourself,
that all "you's" and "I's" might become one soul
and finally drown in the Beloved.

All this is true. Come!
You who are the Creative Word: Be
You, so far beyond description.

Is it possible for the bodily eyes to see You?
Can thought comprehend Your laughter or grief?
Tell me now, can it possibly see You at all?
Such a heart has only borrowed things to live with.

The garden of love is green without limit
and yields many fruits other than sorrow or joy.
Love is beyond either condition:
without spring, without autumn, it is always fresh."


Rumi - Mathnawi I, 1779-1794 - The Rumi Collection - Kabir Helminski

Whispers of the Beloved

Awakened by your love,
I flicker like a candle's light
tryin to hold on in the dark.
Yet, you spare me no blows
and keep asking,
"Why do you complain?"

Rumi - "Whispers of the Beloved" - Maryam Mafi & Azima Melita Kolin

The Essential Rumi

"Inside this new love, die.
Your way begins on the other side.
Become the sky.
Take an axe to the prison wall.
Escape.
Walk out like someone suddenly born into color.
Do it now.
You're covered with a thick cloud.
Slide out the side. Die,
and be quiet. Quiteness is the surest sign
that you've died.
Your old life was a frantic running
from silence.

The speechless full moon
comes out now."



Rumi - The Essential Rumi - Coleman Barks

The Love Poems of Rumi

Oh! Supreme Lover!
Let me leave aside my worries.
The flowers are blooming
with the exultation of your Spirit.

By Allah!
I long to escape the prison of my ego
and lose myself
in the mountains and the desert.

These sad and lonely people tire me.
I long to revel in the drunken frenzy of your love
and feel the strength of Rustam in my hands.

I'm sick of mortal kings.
I long to see your light.
With lamps in hand
the sheikhs and mullahs roam
the dark alleys of these towns
not finding what they seek.

You are the Essence of the Essence,
The intoxication of Love.
I long to sing your praises
but stand mute
with the agony of wishing in my heart.


Rumi - 'The Love Poems of Rumi' 

"Say I Am You"

"Listen for the stream
that tells you one thing.
Die on this bank.
Begin in me
the way of rivers with the sea."

Rumi



Rumi - Coleman Barks - from "Say I Am You"

'Perfume of the Desert'

Whether your destiny is glory or disgrace,
Purify yourself of hatred and love of self.
Polish your mirror; and that sublime Beauty
From the regions of mystery
Will flame out in your heart
As it did for the saints and prophets.
Then, with your heart on fire with that Splendor,
The secret of the Beloved will no longer be hidden.




Jami, translation by Andrew Harvey and Eryk Hanut - 'Perfume of the Desert'