Passados os anos, mãezinha, recordo-te na simplicidade do lar e inda vejo o teu rosto de santa...
Inda sinto as tuas mãos em carícias ternas, aconchegando-me a alma de encantos e doces lembranças!
Caminhei e sinto presentemente, que de todas as messes auferidas na terra, a bênção dos teus cuidados, mamãe, foi o mais precioso abrigo, o estímulo maior e o mais seguro itinerário...
Todas as dores que colhi...
Todas as lágrimas que verti...
Todos os equívocos que sofri...
Foram, certamente, o retorno amargo das decepções ardentes, contudo, sempre obtive de teu coração desvelado, a consolação e o lenitivo, curando-me as chagas da alma equivocada.
Agora, ao regressar das vãs excursões pelas ilusões do mundo, alquebrado e desiludido, não mais tu estás, todavia, mãe querida, inda sinto os teus braços carinhosos a se estenderem para mim, como se nunca cessassem de me aguardar...
Ainda o teu calor me abriga e as tuas orações são luzes abençoadas a promanarem bênçãos do céu, onde tu estás, sobre a minha vida!
O tempo esgota-se no carrossel da vida e hoje reconheço, que a Infinita Misericórdia de Deus concedeu-me o teu amor por magnífica dádiva e onde tu estiveres, agora e sempre, guie os meus passos de menino, na infinda peregrinação pela Eternidade!
Espírito Amigo
Helaine C. Sabbadini
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