Uma destas noites, um sábio me falou:
"É
preciso conheceres o segredo daquele que nos vende o vinho."
E ainda:
E ainda:
"Não
leves nada a sério. O mundo carrega de enormes fardos aqueles que dobram a
cerviz."
Depois, estendeu-me
uma taça onde o esplendor do céu se refletia tão vivamente que Zuhra se pôs a
dançar:
"Filho, segue
o meu conselho; não te inquietes com as noites deste mundo. Guarda as minhas
palavras: elas são mais raras do que as pérolas"
"Aceita a vida
como aceitas essa taça, de sorriso nos lábios, ainda que o coração esteja a
sangrar. Não gemas como um alaúde; esconde as tuas chagas"
"Até o dia em
que passares por trás do véu, nada compreenderás. Não podem ouvidos humanos
ouvir a palavra do anjo"
"Na casa do
amor, não te envaideças das tuas perguntas, nem da resposta."
Vinho, ó Saki, mais
vinho: as loucuras de Hafiz foram compreendidas pelo Senhor da alegria, Aquele
que perdoa, Aquele que esquece...
Hafiz
Nenhum comentário:
Postar um comentário